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Povoado Islâmico da Ponta do Castelo


Vestígios de uma aldeia de pescadores árabes, do século XII, que se dedicava sazonalmente à pesca e à apanha do marisco.

Sabia que durante a ocupação islâmica na Península Ibérica, nem sempre mouros e cristãos foram adversários? Existiu uma ligação entre os dois povos que misturaram de forma espontânea e pacífica hábitos e costumes.

Neste penhasco abrupto de calcário cor de mel sobranceiro à rebentação do atlântico encontram-se vestígios de um pequeno povoado de pescadores árabes, do século XII, provavelmente sazonal, dedicado à exploração de recursos marinhos.

Após diversos trabalhos de intervenção arqueológica, foram descobertas 14 estruturas habitacionais, constituídas por uma única divisão, com planta retangular, edificadas em taipa sobre alicerces de pedra. Entre o espólio, encontraram-se cerâmicas de uso comum (taças, jarros, panelas e alguidares), anzóis de ferro, pesos de rede e restos de fauna marítima e terrestre.

A exploração dos recursos marinhos era uma atividade sazonal, consoante as estações do ano, complementar à agricultura - um legado que se prolongou no tempo, pois os habitantes da costa algarvia fizeram da economia agro marítima o seu sustento, ainda frequente no século passado.

Quando o mar e o tempo permitiam, a fonte principal de alimentação dos árabes era o peixe e o marisco, mas o peixe, depois de salgado e seco, podia entrar nos circuitos comerciais, servindo como moeda de troca com produtos diferentes de outras regiões do interior, como cereais.

Numa das zonas habitacionais foi mesmo encontrado um osso da baleia com cerca de meio metro de comprimento, provavelmente usado como banco, e que terá sido capturado durante a pesca àquele cetáceo, hoje desaparecido

Última atualização: 20-07-2025

Informações


Localização (Lat., Lon.): 37.173201, -8.907697

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